“Não andeis ansiosos por
coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus
pela oração e súplica com acções de graças” (Filipenses 4:6).
Rigorosamente,
a nossa fé nada cria, nada realiza, nada faz, nada produz… Mas, sendo ela uma atitude de convicção, ou um estado de ligação entre a alma e Deus, pode permitir-nos repousar tranquilamente, alegrando os nossos corações naquilo que Deus é, e naquilo que
Deus faz continuamente por amor de nós para nos beneficiar.
A
obra realizada por Nosso Senhor Jesus Cristo no Calvário é básica para a nossa
salvação e, tendo sido consumada por Jesus, agora as pessoas precisam de crer
– valorizar e aceitar mediante a fé - para que sejam salvas, embora até mesmo
essa fé que as pessoas exercem para a salvação seja dom de Deus e não
possa ser exercida somente pelo poder e acção da vontade da própria pessoa,
pois a graça de Deus está presente e é indispensável em todos os aspectos da nossa salvação.
Para
serem salvas, as pessoas precisam de crer nos méritos salvíficos do
sacrifício de Jesus feito em nosso favor no Calvário para nossa salvação. “Porque pela graça sois salvos, mediante a
fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras para que ninguém se
glorie” (Efésios 2:8,9). Mas há também no crente um outro tipo de fé, que é capaz
de gerar nele a tranquilidade e o repouso próprios de quem realmente vive na
inteira dependência de Deus e Nele confia, quaisquer que sejam as
circunstâncias da vida. É essa fé que nos permite “abraçar” a paz de Jesus
mesmo que seja no meio de turbulência e guerra. Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como
o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João
14:27).
Essa
fé de que estamos falando é capaz de gerar o repouso do crente e levá-lo a
confiar que o Senhor Jesus Cristo nunca o abandonará, tal como prometeu.
Sentindo a proximidade de Deus, o crente poderá desprender-se do fardo da sua preocupação, enquanto vai
falando com ELE: “Senhor, eu confio em Ti e sei que estás comigo de tal modo que permaneço
ligado a Ti como a vara está ligada à videira. Venho, pois, entregar ao teu
cuidado as inquietações da minha vida, a minha saúde, o meu emprego, a minha
família, as minhas mágoas, a minha dor...”
“Creio,
Senhor, na Tua orientação que diz: “Lançai sobre Mim toda a vossa ansiedade” e,
por isso, venho entregar ao teu cuidado as
minhas preocupações. Por favor, meu Deus, sabendo eu que tens todo o poder,
quero deixar ao teu cuidado tudo o que me aflige. Vou, agora mesmo, desprender-me
de todo este peso que me aflige e vou sair deste lugar, seguindo em frente e crendo, com toda a
minha convicção, que as minhas inquietações e cuidados vão ficar aqui contigo, agora mesmo, entregues
ao teu cuidado que tudo pode resolver. Muito obrigado, Senhor, em nome de Jesus.”
Para
sermos bem-sucedidos nos projectos do nosso dia-a-dia, é preciso cultivar essa
fé que permite repousar em Deus, em inteira dependência d’Ele. Não apenas
daquilo que Deus já fez em nosso favor, mas também daquilo que Ele é para nós
neste preciso momento. Você e eu, estimado(a) leitor(a), podemos agora mesmo
cantar convictamente aquele corinho que diz: “Deus está aqui, tão certo como o ar que eu
respiro; tão certo como o amanhã que se levanta; tão certo como eu Lhe falo e
ELE pode ouvir”. Lembra-se desse coro? Então, cante!
Sim, é
verdade. Deus está aqui, no lugar onde me encontro, e Deus está aí, leitor(a), onde você está.É Omnipresente. Está em todo o lugar. Que Ele nos
conceda a graça de ter a fé que nos permite crer e repousar plenamente
Nele e em Suas preciosas promessas, para, assim, experimentarmos a Sua paz que, no
dizer do apóstolo Paulo, transcende a nossa própria compreensão. Amém!
