NATAL, TEMPO DE ESPERANÇA


Natal é tempo de esperança. Tempo de um chamamento interior que só o coração sabe interpretar. Ocasião propícia ao milagre em que as nossas almas sentem a respiração do infinito mais pertinho de nós. Mais do que nunca, sentimos agora que Deus está visitando o mundo dos homens.

Mesmo na vida apressada do nosso “corre-corre” actual, e apesar do egoísmo e do orgulho que caracterizam este nosso tempo, ainda é possível experimentar a presença de Deus mais pertinho de nós. O Menino de Belém é o Emanuel - Deus connosco.

Mas, seguindo no nosso caminho demasiado distraídos com tudo o que nos cerca, e perseguidos tão de perto pelo mundo dos nossos próprios caprichos, será que ainda temos tempo para sermos sensíveis e compreender os sinais de esperança vindos do Céu neste Natal?

Na quadra natalícia, sentimos, quase por prodígio, mais nítido o misterioso e belo acorde entre a melodia do nosso coração e o universo imenso, obra do mesmo Criador. Em doce alegria, a atmosfera que nos circunda permite antecipar a aproximação da hora do amor: o Natal de Jesus.

O Natal volta todos os anos para nos repetir a mesma mensagem e a mesma promessa de amor. A pequena vila de Belém é a aurora esperada durante a longa noite dos profetas mais distantes, e igualmente a noite longa das nossas humanas interrogações.

De forma singela mas profunda o Evangelho regista a boa nova que o Anjo anunciou aos pastores humildes que, nos campos, guardavam os seus rebanhos durante a vigília da noite: “na cidade de David, vos nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:11).

Precisamos de um Salvador. Alguém que nos permita nascer de novo, nascer do Espírito, a fim de sermos, de facto, recriados à Sua imagem e semelhança. Jesus Cristo, o Filho unigénito de Deus, vem, particularmente neste tempo de Natal, renovar em todos nós a esperança de renascer no amor e para o amor. Natal é verdade, é justiça, é paz, é perdão, é amor, é a graça de Deus que nos favorece:

“Conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela Sua pobreza, vós pudésseis enriquecer” (2 Coríntios 8:9). Cristo é a expressão concreta da maravilhosa graça de Deus. Tal graça manifesta-se no facto de Ele, sendo rico, por amor de nós ter assumido a nossa pobre condição humana, a fim de nos reconciliar com o nosso Criador.

A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo revela-se desde a eternidade, na preparação do plano divino para a nossa salvação eterna. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Efésios 1:3-4).

Mas a vivência humana de Cristo entre nós é também uma expressão real da graça de Deus. A vida de Jesus foi uma contínua prática de bem-fazer. Quando pregava, curava, ensinava, confortava, Jesus reflectia a graça de Deus: “E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este o filho de José?” (Lucas 4:22).

Mas o gesto mais gracioso de Jesus foi o de entregar a Sua vida em holocausto para morrer pelos nossos pecados, ressuscitando, depois, para nossa justificação. Agora, depois de ter cumprido integralmente a missão que o Pai Deus Lhe confiou, Jesus está no Céu, intercedendo por nós e dando-nos, assim, ainda, acesso ao trono da graça do Pai: “Visto que temos um grande sumo-sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo-sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hebreus 4:14-16).

Portanto, Jesus é expressão real da graça de Deus e veio trazer graça à Terra. Cristo arrebatou-nos do cárcere da antiga Lei para a liberdade própria da graça de Deus. Ao dar a Sua vida para expiação dos pecados de todos os que O aceitam como Senhor e Salvador pessoal, Jesus possibilitou-nos o renovar da comunhão com o nosso Criador, a Quem podemos agora carinhosamente chamar “Pai nosso que estás no Céu”, pois somos Seus filhos por adopção, comprados por alto preço:
“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Coríntios 6:19-20).

Porque somos filhos e filhas de Deus temos assegurada, agora, a vida que Deus tem, ou seja: vida sem limites e eterna. “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus.” (1 João 5:11-13)

Portanto, estimado(a) leitor(a), só faz, realmente, sentido celebrar o Natal se, de facto, já demos lugar a Jesus em nossos corações, aceitando-O como Senhor e Salvador pessoal. Foi para isso que Jesus nasceu entre nós. Jesus nasceu para morrer numa cruz em meu lugar e em seu lugar. Que expressão tão sublime da maravilhosa graça de Deus!

Sem Jesus, não há Natal. Celebrar o Natal sem Jesus equivale a festejar um aniversário esquecendo ou ignorando o aniversariante. Cristo continua batendo à porta de cada coração para que o Natal aconteça. "Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo" (Apocalipse 3:20). Jesus deseja entrar em nossas vidas para que tenhamos vida mais abundante.

Certifique-se, estimado(a) leitor(a) de que já abriu a porta do seu coração a Jesus e, então, com grande alegria,

TENHA UM FELIZ E SANTO NATAL!

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