A VONTADE DE DEUS – Reflexão


O Deus da Bíblia é apresentado como um Ser que, para além dos Seus atributos divinos, tem também características de personalidade. Tal como nós, Deus pensa, sente e quer.

De facto, o maior projeto que Deus tem para a Humanidade consiste em criar e desenvolver um relacionamento pessoal com cada ser humano. Para que isso seja possível, cada um de nós precisa de se reconciliar com Deus.

Foi para tornar possível essa reconciliação que Deus nos visitou na Pessoa de Jesus de Nazaré. Cristo ofereceu a Sua vida em holocausto para expiação do pecado de todos aqueles que O queiram aceitar como seu Salvador e Senhor.

Após a reconciliação com Deus o crente em Jesus inicia uma vida nova, caracterizada por um novo relacionamento com o Pai Celestial. É como se tivesse nascido outra vez, não da carne mas do Espírito, e tudo, de novo, recomeçasse: - “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Cor 5:17).

Quem, mediante a fé em Jesus, aceita Cristo como seu Salvador pessoal experimenta regeneração. Ou seja: de criação de Deus, transforma-se, pela graça do Eterno, em filho ou filha de Deus. Jesus “veio para o que era seu, e os seus não O receberam. Mas, a quantos O receberam, aos que n’Ele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.” (João 1:11-12).

A nossa nova condição de filhos e filhas de Deus há-de ter a sua confirmação. Referindo-se ao assunto, a Bíblia diz: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” (Romanos 8:16). Na verdade, sabemos e sentimos que somos agora filhos e filhas do Eterno porque há, no nosso íntimo, um testemunho do Espírito Santo afirmando dentro de nós e para nós que temos essa nova dimensão de vida espiritual.

O mesmo Espírito Santo que confirma a nossa filiação, gera também em nós o desejo de nos parecermos com o nosso Pai Celestial. Para que essa transformação aconteça, é necessário permitir que a vontade de Deus controle a nossa própria vontade. Porque amamos Deus, tal transformação não só é possível como será acompanhada de indizível alegria e paz.

Dessa forma, mudarão também os nossos conceitos e pontos de vista, internos e externos, em toda a sua abrangência da nossa vida física, intelectual, social e espiritual. Os valores que não estiverem em harmonia com o ensino da Escritura Sagrada passam a ser cada vez menos relevantes. A verdadeira satisfação acontece quando nos apercebemos que estamos conseguindo, entre provas e lutas, ficar cada vez mais parecidos com Jesus.

Jesus disse: “Desci dos céus, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade d’Aquele que me enviou.” (João 6:38). Cristo deixou bem claro que existe uma união completa entre Ele e o Pai Deus: “Quem me vê a mim vê o Pai.” (João 14:9). Nosso Senhor Jesus Cristo não desceu para fazer a Sua vontade, mas para realizar a vontade do PAI.

Numa outra ocasião Jesus também disse: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra.” (João 4:34). Esta afirmação põe em evidência que, para o Senhor Jesus, a comida, ou sustento, é a Sua total submissão à vontade do Pai Deus.

Da mesma forma que a existência humana depende da comida, assim a vida de Jesus dependia do querer do Pai; da mesma maneira que a comida satisfaz, assim Jesus encontrava satisfação em cumprir a vontade do Pai. E isto, porque Jesus amava o Pai e nos amava - e ama! - a nós. Quem ama deleita-se em agradar ao objecto do seu amor. "Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis." (2 Coríntios 8:9).

Foi por amor que o Filho de Deus concordou em nascer entre nós, na Pessoa de Jesus de Nazaré, e cumpriu, integralmente, a vontade do Pai Deus, tornando, assim, possível não só a nossa reconciliação com o Criador, mas permitindo, também, que, ao nascermos de novo, nos tornássemos filhos e filhas do Eterno, possuindo, agora, a mesma vida que Jesus tem e desejando, ardentemente, à semelhança de Jesus, cumprir a Sua, para nós, boa perfeita e agradável vontade. É esse o caminho seguro para uma vida de satisfação.

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