RECONCILIAÇÃO

Imagem: Gentileza João Pedro e Esperança

Jesus disse: “Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta.” (Mateus 5: 23-24)

Acolhendo-nos, Deus dá-nos a paz. Mas a paz de Deus não anestesia. A palavra do Evangelho não pode deixar-nos tranquilos. Se diante do altar, diz Jesus, que quer dizer em presença de Deus, «te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti», deixa tudo e «vai primeiro reconciliar-te».

A palavra de Jesus mexe connosco. Ela encoraja-nos mesmo a permitir que nos acorram lembranças difíceis: «Se te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti…» A paz de Deus não leva a esquecer as tensões, os conflitos, as situações de injustiça.

Uma lembrança difícil pode ser uma palavra ou um gesto que me magoaram. Pode ser também a descoberta de que sou eu a causa, real ou imaginária, de um sofrimento numa outra pessoa, ou de que alguém «tem algo contra mim», como diz Jesus. O Evangelho chama-nos a ousar enfrentar tais situações.

Para dar um primeiro passo no sentido da reconciliação não são necessários longos preparativos. Jesus diz mesmo que não é necessário «apresentar primeiro a sua oferta», não é necessário acabar bem a sua oração. Ele diz-nos: Deixa lá a tua oferta, vai já, agora, reconciliar-te. Tal como és, podes reconciliar-te com o teu irmão.

Porquê esta urgência da reconciliação? Porque é que Jesus é tão categórico? É que Deus é paz. Procurar Deus e procurar a paz é uma coisa só. É por isso que o Evangelho nos chama a dar prioridade à reconciliação. Cristo convida-nos a comprometer-nos e a lutar com um coração reconciliado.

Para avançar no caminho da reconciliação, é melhor renunciar a perguntar se não deveria ser o outro a dar o primeiro passo. Jesus não diz: «Procura primeiro saber quem teve e quem não teve razão.» Ele diz: «Vai, agora, reconciliar-te.» Pois é assim que Deus age connosco. Sem impor condições, é Ele quem, primeiro, vem ao nosso encontro.

Em que situações de tensão ou de conflito me chama o Evangelho a dar prioridade à reconciliação ?

O que me dá coragem para não fugir às lembranças difíceis, mas enfrentá-las com vista a uma cura das relações?

O que é que me dá a confiança de que uma reconciliação não deve ser adiada para mais tarde, mas que ela é possível agora, sem demoras?
(internet)

PASSAGENS BÍBLICAS ALUSIVAS:

Mateus 6:12 “Pai nosso, que estás no Céu…perdoa as nossas ofensas, como nós perdoámos a quem nos tem ofendido.”

Mateus 6:14-15 “Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas.”

Mateus 18:21-22 “Então, Pedro aproximou-se e perguntou-lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.”

Romanos 12:18-19 “Tanto quanto for possível e de vós dependa, vivei em paz com todos os homens. Não vos vingueis por vós próprios, caríssimos; mas deixai que seja Deus a castigar, pois está escrito: É a mim que compete punir, Eu é que hei-de retribuir, diz o Senhor. “

Efésios 4:26-32 “ Se vos irardes, não pequeis; que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento, nem deis espaço algum ao diabo… Nenhuma palavra desagradável saia da vossa boca, mas apenas a que for boa, que edifique, sempre que necessário, para que seja uma graça para aqueles que a escutam. E não ofendais o Espírito Santo de Deus, selo com o qual fostes marcados para o dia da redenção. Toda a espécie de azedume, raiva, ira, gritaria e injúria desapareça de vós, juntamente com toda a maldade. Sede, antes, bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo."

Mateus 5:25-26 "Com o teu adversário mostra-te conciliador, enquanto caminhardes juntos, para não acontecer que ele te entregue ao juiz e este à guarda e te mandem para a prisão. Em verdade te digo: Não sairás de lá até que pagues o último centavo."

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