João
16:33. “Tenho-vos
dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom
ânimo; eu venci o mundo.”
5 - Reflexão: Na Sua última
noite, antes de ser crucificado, o Senhor Jesus explicou muitas coisas importantes
aos seus discípulos, preparando-os para a Sua morte que se aproximava
rapidamente e para o sofrimento que, em consequência disso, eles iriam
experimentar. Mas também procurou incutir neles, amorosamente, palavras de
esperança e ânimo, dizendo-lhes que tivessem coragem porque, apesar dos
invitáveis conflitos, provas e lutas que iriam enfrentar, eles nunca estariam sós e particularmente deviam fazer conta com a paz de Jesus: “Deixo-vos
a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o
vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27).
A palavra “paz” é uma tradução do termo hebraico “shalom”,
que veio a ser a saudação preferida de Jesus em relação aos seus discípulos,
particularmente após a sua ressurreição: “ Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da
semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham
ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz
seja convosco!” (João 20:19).
A nível
cristão, essa paz é diferente porque pode assegurar-nos serenidade em face das
grandes dificuldades da vida e é mesmo capaz de esbater o medo que às vezes quer
assombrar-nos e fazer-nos sofrer. O apóstolo Paulo escreveu: “E a
paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e
os vossos sentimentos em Cristo Jesus.” (Filipenses 4:7). Essa admirável paz que Jesus oferece pode não só ser experimentada nos
crentes mas deve também reinar nos
corações do povo de Deus: “E a paz de Deus, para a qual também fostes
chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.” (Colossenses
3:15).
Tanto os discípulos de Jesus naquele tempo
quanto os crentes dos nossos dias não ficaram nem estão desamparados. Através da
Sua morte redentora e consequente ressurreição Jesus tornou vazia a oposição do
mundo, pois alcançou a vitória definitiva sobre todo o sistema satânico,
perverso e rebelde. Agora, através do Espírito Santo, Jesus vivo e vencedor
está sempre connosco e é Ele o nosso grande motivo para não desanimarmos nem
termos medo, mesmo quando passarmos por temíveis aflições, provas e lutas.
A Sua paz não resulta das nossas boas obras nem
de algo que haja em nós, mas de, porque somos crentes e fomos por Deus aceites
no Amado, estarmos para sempre ligados a Ele, sendo inclusive preservados pelo
Seu poder.
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