NOSSO SENHOR JESUS CRISTO FOI A OFERTA PERFEITA DA NOSSA PÁSCOA

     Não havia outra maneira que fosse suficientemente boa para pagar diante de Deus o elevado preço devido por nossos pecados. Preço que era exigido pela perfeita justiça de Deus e que teve de ser pago integralmente naquela sexta-feira pascal, na Judeia, há cerca de 2000 anos. O sacrifício de Jesus Cristo foi o cumprimento final de todos os sacrifícios pascais apresentados em Israel ao longo dos séculos, no tempo do Velho Testamento.
     Só Israel podia sacrificar o cordeiro pascal, pois essa directiva foi dada pelo SENHOR aos judeus, o Seu povo, e durante cerca de 2000 anos cada cordeiro sacrificado na Páscoa apontava para o Cordeiro de Deus que, na plenitude dos tempos, havia de nos visitar a fim de ser sacrificado para nos libertar do nosso pecado e consequente condenação.
     A crucificação de Jesus foi o cumprimento final de todos os sacrifícios pascais exigidos e apresentados desde os dias do Jardim do Éden, quando o pecado entrou no mundo por meio dos nossos primeiros pais – Adão e Eva. Desde então, em Israel foi um sacrifício praticamente contínuo.
     Dessa forma, mediante a fé exercida pelo povo de Deus, os pecados deles eram perdoados, ou “cobertos” por Deus, como se aquele povo ainda estivesse vivendo no paradisíaco Jardim do Éden, onde Deus “cobriu” a nudez de Adão e Eva, até que o tempo do último sacrifício chegasse e o derradeiro Cordeiro fosse morto, em oferta perfeita ao Eterno Deus e numa expressão de amor indizível (João 3:16), como aconteceu no monte Calvário naquela sexta-feira de Páscoa.
 
UMA OFERTA DIÁRIA
    Nos tempos do Velho Testamento, todas as manhãs havia sacrifícios, sem qualquer interrupção; cada dia eram apresentados holocaustos e ofertas de cheiro suave ao Senhor. Porque o povo nunca parava de pecar. E, ao longo do ano, nos dias de festa, ou em ocasiões para acção de graças, tanto os judeus como os gentios que viviam no meio deles diariamente ofereciam holocaustos a Deus. Durante cerca de 4.000 anos, em nenhum dia falhou o sacrifício pelo pecado do povo. Sim, a oferta devia ser diária. O povo pecava continuamente e os holocaustos não podiam parar. Era o que estava determinado na lei.  

UMA OFERTA FINAL
     Mas o sacrifício de Cristo foi também o antítipo, ou seja: uma realidade do Novo Testamento que correspondeu a um tipo de realidade que a prefigurava e anunciava no Velho, abrangida por todos os sacrifícios apresentados, desde o sacrifício de Abel, e envolvendo também todas as ofertas pelo pecado apresentadas por Israel ao longo dos séculos da sua história. Agora já não há mais necessidade de sacrifícios inocentes para nos purificar dos nossos pecados. HOJE, o sacrifício de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, ainda é suficiente para nós. A oferta de Jesus foi a oferta final, definitiva! Deus já não exige mais sacrifícios, nem vítimas inocentes, para nos outorgar salvação (cf. Efésios 2:8).

OFERTA PELO PECADO
     No tempo do Velho Testamento, qual era a diferença entre a oferta pelo pecado e a oferta queimada? Basicamente, a oferta pelo pecado era um acto OBRIGATÓRIO e de arrependimento para perdão do pecador. Por outro lado, a “oferta queimada” era um acto VOLUNTÁRIO de adoração, apresentado pelo pecador que obtivera perdão para os seus pecados. No sentido de oferta apresentada por nossos pecados, o Senhor Jesus Cristo: 1) morreu a nosso favor e em nosso lugar; 2) levou sobre Si os nossos pecados, fazendo-se pecado por nós; 3) cumpriu todos os requisitos da lei de Deus para alcançar o nosso perdão; 4) o Homem Perfeito, tornou-se pecado por nós, humanos, a ponto de, agora, podermos mesmo ser justificados, pela graça de Deus e mediante a nossa fé.

UMA EXIGÊNCIA DA LEI
     Antes da crucificação de Jesus, Israel usava o sistema de colocar as mãos sobre a cabeça da vítima inocente que ia ser oferecida como oferta ao Senhor. A pureza da oferta era transferida para o pecador e este, mesmo depois de perdoado, ainda assim não podia aproximar-se directamente de Deus. Devia identificar-se simplesmente com a pureza do animal inocente escolhido para ofertar ao Senhor. Era uma exigência da lei. Porque o problema do pecado não estava definitivamente resolvido.    

CUMPRIMENTO DA LEI
     Cristo cumpriu todas as exigências da Lei de Moisés em relação ao nosso pecado, e entregou-se voluntariamente por nós em oferta ao Senhor. Mas lembremo-nos de que, apesar de pecadores perdoados, ainda continuamos tendo a nossa velha natureza humana pecaminosa. Assim, Cristo ofereceu-se para cumprimento de toda a oferta necessária para apagar o nosso pecado. A oferta de Cristo foi a oferta final. Oferta perfeita. Em sacrifício de louvor a Deus, em nosso nome, para além de ter sido também morto como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, em nosso lugar também.

CRISTO MORREU POR NÓS
     Foi por mim e por ti que Jesus morreu na cruz. E Deus aceitou o Seu sacrifício intermediário para pagar o preço total e definitivo dos nossos pecados. O Altíssimo Deus aceitou o sacrifício voluntário e santo de Seu próprio Filho, como oferta de “cheiro suave” pelos pecados do mundo, ressuscitando-o, depois, de entre os mortos. E porque o acto de adoração de Cristo na cruz foi aceite por Deus, precisamos de nos identificar com esse acto para que as nossas atitudes de adoração e louvor a Deus possam ser oferecidas e aceites directamente, através de Cristo.
     Logo após a morte de Jesus o véu do Templo foi rasgado, miraculosamente, de alto a baixo, numa confirmação de que o sacrifício de Cristo em oferta suave pelo nosso pecado foi aceite por Deus e, agora, podemos aproximar-nos livre e directamente, sem medo, do nosso Criador. Sim, de facto só podemos aproximar-nos do Eterno Deus Criador por intermédio de Cristo. Assim, gratos e em espírito de adoração, “por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hebreus 13:15). Amém! 

Votos de uma feliz e santa páscoa!

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