QUANTO MAIS DE PERTO SEGUIRMOS CRISTO, MAIS PARECIDOS COM ELE NOS TORNAREMOS


Quando Moisés desceu do Monte Sinai, após ter recebido de Deus os Dez Mandamentos, a Bíblia diz que a sua face brilhava intensamente por ele ter estado na presença do SENHOR (cf. Êxodo 34:29-35). Moisés teve, inclusive, de colocar um véu sobre o seu rosto, para que as pessoas, ao olharem para ele, não ficassem intimidadas.

A glória que o Espírito Santo dá ao crente que aceita Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador é ainda mais excelente e durável do que a glória que Moisés experimentou. Jesus Cristo disse: “quem me vê a mim, vê o Pai” (João 14:9). Jesus não só é o caminho para Deus, mas Ele é também a verdade de Deus e a vida de Deus (cf. João 14:6).

Nas Boas Novas do Evangelho vemos a verdade a respeito de Cristo, e esta transforma-nos, moralmente, “de glória em glória”, na medida em que a compreendemos e aplicamos à prática das nossas vidas. Conhecendo Cristo e aprendendo sobre a Sua vida podemos melhor conhecer e entender quem é Deus, tornando-nos cada vez mais parecidos com Ele.

À medida que o nosso conhecimento de Cristo se aprofunda, o Seu Espírito Santo ajudar-nos-á a mudar o nosso carácter, num processo de contínua transformação, que nos ajudará a reflectir em nosso viver, ainda que palidamente, o carácter de Cristo. “Contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 3:18).

Assim, quanto mais de perto seguirmos o Senhor Jesus Cristo, no nosso dia-a-dia, mais parecidos com Ele nos tornaremos, reflectindo cada vez mais a Sua glória e carácter, numa experiência progressiva, “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (cf. Efésios 4:13).

(beap)


DEUS É A NOSSA FORÇA E CONSOLAÇÃO QUANDO ATRAVESSAMOS O VALE DAS LÁGRIMAS


“Felizes aqueles cuja força vem de Ti,
e que desejam, do coração, seguir nos Teus caminhos.
Quando atravessarem o vale de lágrimas,
farão dele um lugar de fontes,
um lugar de poços cheios das chuvas das Tuas bênçãos!”
(Salmo 84:5-6 OL)

Naquele tempo, a peregrinação ao Templo, em Jerusalém, podia incluir a  passagem pelo seco, triste, desértico, estéril 'vale de Baca', que, em hebraico, quer dizer “vale das lágrimas”. Nesse espaço árido e inóspito, não havia nenhum lugar especificamente identificado, ou seja: todo aquele vale era conhecido como “o vale das lágrimas”.

Este “vale das lágrimas” pode ser uma referência simbólica aos nossos momentos de sofrimento e lágrimas, tempos de provas e lutas pelos quais nesta vida todos temos de passar. De um modo geral, o fortalecimento da nossa fé em Deus é precedido por uma dessas difíceis jornadas através do  “vale das lágrimas”.

Em circunstâncias tão adversas, a pessoa que ama Deus e se esforça por continuar vivendo em comunhão com Ele verá na sua adversidade mais um caminho para experimentar o consolo e a fidelidade do Altíssimo. O Senhor Jesus disse: “No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33).

Se hoje estivermos caminhando no nosso ‘vale de lágrimas', porfiemos em não desistir de continuar confiando no nosso amoroso Deus. Na hora própria, veremos que essa nossa difícil peregrinação nos levará a uma mais íntima comunhão com Ele e ao consolo que, nesses momentos difíceis, só no Eterno podemos encontrar. 

Quaisquer que sejam as circunstâncias das nossas vidas, Deus nunca abandonará  os Seus filhos muito amados, porque Ele mesmo declarou: "por motivo algum te abandonarei, nunca jamais te desampararei” (Hebreus 13:5). 

(beap)

ÂNIMO, CONSOLO E PAZ DE CRISTO NO MEIO DAS NOSSAS HUMANAS TRIBULAÇÕES


DISSE JESUS: “Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (João 16:33) 

Na qualidade de crentes em Jesus, importa que esperemos uma contínua oposição vinda do mundo incrédulo em que vivemos e que está nitidamente fora de sintonia com Cristo. Mas, simultaneamente, devemos igualmente esperar que o nosso relacionamento com o SENHOR produza em nós não só capacidade de resistência, mas também o consolo e a paz que Jesus oferece.

E dizemos ‘a paz que Jesus oferece’ porque, a verdadeira paz, a paz de Cristo, não se encontra no hoje tão apregoado ‘pensamento positivo’, na ausência de conflitos, ou em bons sentimentos. A paz de Cristo nasce no coração do crente genuíno porque este sabe que Deus está no perfeito controlo da sua vida e que, haja o que houver, a cidadania no Reino de Deus já lhe está assegurada.

A paz que Cristo oferece é, basicamente, resultado da obra do Espírito Santo na vida do crente. Essa paz é diferente da paz mundana, vulgarmente reconhecida como simples ausência de conflitos. A paz de Cristo resulta, antes, da certeza que o crente tem de que, aconteça o que acontecer, ele é um filho de Deus, pertence ao SENHOR e, n’Ele, está para sempre seguro.

Quando nos sentirmos rodeados ou ‘mergulhados’ em grandes tribulações, procuremos, com a ajuda divina, transformar a nossa inquietação em oração e permitamos que o Espírito Santo nos agracie com a paz de Cristo. Aquela paz que, no dizer do apóstolo Paulo, que também enfrentou grandes sofrimentos aflições e angústia, chega a ultrapassar o nosso humano entendimento. (cf. Filipenses 4:6-7).

(beap) 

A SEGURANÇA DA VIDA RESSUSCITADA DE JESUS


A vida ressuscitada de Jesus não é uma simples vida pro­veniente do nada, como no caso do primeiro Adão, mas uma vida proveniente da morte. E é essa vida que as Escrituras nos apre­sentam como a mais sublime, completa e segura.

O solo do qual a árvore da imortalidade brota não é o solo comum da terra, mas o do pó do túmulo. Essa vida muito mais segura, essa vida na qual nenhuma morte pode tocar, vem até nós através da vida ressuscitada d'Aquele que morreu e ressuscitou novamente.

A fé que nos une a Jesus Cristo ressuscitado torna-nos participantes da Sua vida ressuscitada; e não somente isso, mas fá-lo de forma tão completa, que a ressurreição de Jesus se torna a nossa ressurreição: somos ressuscitados n’Ele e é jun­tamente com Ele que nos revestimos da imortalidade divina.

Jesus disse: “…porque eu vivo, vós também vivereis” (João 14:19).

(INET)

ALELUIA, JESUS RESSUSCITOU!


“Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia. Ide, pois, depressa e dizei aos seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis. É como vos digo!” (Mateus 28:5-7).

O anjo que anunciou às mulheres as Boas Novas da ressurreição deu-lhes quatro mensagens que são também importantes para todos nós:

(  “Não temais”. A realidade da ressurreição deve trazer-nos alegria e não temor. Lembrar o sepulcro de Jesus vazio é uma boa maneira para vencer o medo.

(  “Ele não está aqui”. Jesus já não está morto e, portanto, não deve ser procurado entre os mortos. Ele vive e está junto do Seu povo, junto de nós, tal como prometeu (Mateus 28:18-20).

(  “Vinde ver onde Ele jazia”. As mulheres puderam verificar por si mesmas a evidência da ressurreição. A sepultura de Jesus estava tão vazia naquele dia quanto está hoje. A ressurreição de Jesus é um facto histórico. Realmente, Jesus ressuscitou!

(  “Ide, pois, depressa e dizei aos seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos…”. As mulheres deveriam, então, compartilhar a alegria e o facto da ressurreição. E nós também devemos, hoje, divulgar essas Boas Novas que o mundo tanto precisa ouvir.

Nota: a Ressurreição de Jesus é um acontecimento chave para a nossa fé cristã porque:

   Como havia prometido, Jesus ressuscitou de entre os mortos. Portanto, podemos confiar que Ele cumprirá tudo o mais que prometeu.

   A ressurreição do corpo de Jesus mostra-nos que o Cristo vivo governa agora o eterno Reino de Deus e que Ele não era um falso profeta nem um impostor.

   Porque Jesus ressuscitou, podemos ter a certeza quanto à nossa própria ressurreição. A morte não é o fim. Existe vida para além da morte.

   O mesmo poder que trouxe Jesus de volta à vida também está disponível para levar o nosso ser, por natureza espiritualmente cego, à verdadeira vida.

   A ressurreição de Jesus é a base do nosso testemunho cristão. Jesus vive e é mais do que um líder. Ele é o Filho de Deus. Aleluia, verdadeiramente Jesus ressuscitou!

(in bap)

AS SETE ÚLTIMAS DECLARAÇÕES DE JESUS NA CRUZ (7)


TEXTO BÍBLICO:

 “Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou.  (Lucas 23:46)

REFLEXÃO:
Esta expressão de Jesus faz parte de um salmo (Salmo 31:5) que era uma oração para o anoitecer, sendo recitada diariamente por muitos judeus devotos. É notável o detalhe do texto ao informar que Jesus bradou “com grande voz” estas palavras.

O que se poderia esperar de um homem prestes a morrer na cruz era que a sua voz fosse vacilante e fraca. Mas Jesus parece determinado em fazer com que as Suas últimas palavras fossem não só firmes, fortes e confiantes, mas igualmente bem audíveis.

Para Jesus, a morte não é um ‘inimigo’ fora do Seu controlo. Jesus sabe que o Pai Deus está pronto para receber o Seu espírito e, desse modo, Cristo “…se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus” (Hebreus 9:14). Jesus está confiando o Seu destino eterno nos eternos braços do Pai.
                                                                                    A palavra “espírito” é a tradução do grego comum “pneuma”, que tem o sentido de “respiração, sopro de vida” e, no contexto bíblico, pode também ser usada para significar o Espírito Santo. Mas, aqui, o termo refere-se, de facto, ao espírito pessoal que fazia parte da personalidade humana do Senhor Jesus Cristo.

Jesus pronuncia a oração final da sua vida humana com uma expressão plena de serenidade e paz, porque conhece o Pai e sabe que há vida eterna com o Pai para além da morte física. O Senhor desprende-se da sua vida humana para abraçar a vida verdadeira que o Pai tem para oferecer em Sua própria presença.

Este último brado humano de Jesus na cruz é para nós extremamente confortador. Jesus reconhece que a Sua tarefa foi concluída, através do seu sacrifício feito na cruz, e agora Ele irá morrer para ressuscitar e ocupar de novo o Seu lugar na glória, junto ao Pai.

Não é maravilhoso sabermos, com toda a certeza, que, quando os nossos corpos físicos chegarem ao fim ainda temos Jesus e o nosso Pai Celestial esperando por nós?

Neste tempo em que celebramos a morte e a ressurreição do nosso Salvador, vamos todos glorificar o Senhor Jesus Cristo que, morrendo por nós, pecadores, permitiu-nos ter vida eterna e, à semelhança de Estêvão, podermos dizer também na hora da nossa partida: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito!”. Amém!


AS SETE ÚLTIMAS DECLARAÇÕES DE JESUS NA CRUZ (6)



TEXTO BÍBLICO:

 “Está consumado” (João 19:30)

REFLEXÃO:
O pecado separa as pessoas de Deus. Até à crucificação de Jesus, a expiação dos pecados era feita através do sacrifício de um animal inocente em substituição do pecador. Só assim, este poderia ser perdoado e considerado limpo diante de Deus.

Mas as pessoas continuavam pecando sem cessar e, assim, os sacrifícios de animais inocentes eram também exigidos continuamente. No entanto, Jesus tornou-se o supremo e derradeiro sacrifício oferecido pelo pecado de toda a humanidade. Foi isso que Ele quis dizer quando clamou: “está consumado”!

A palavra “consumado” tem o sentido de “completamente acabado”. Ou seja: a nossa dívida para com Deus foi paga por Jesus completa e definitivamente. Cristo veio a este mundo para consumar a obra de Deus, a nossa salvação, pagando o preço e cumprindo a pena total devida pelos nossos pecados.

A morte de Jesus pôs fim ao complexo sistema sacrificial do Antigo Testamento porque Jesus carregou sobre Si, na cruz do Calvário, todos os pecados da humanidade. Agora, podemos aproximar-nos livremente de Deus, graças aos méritos do sacrifício que Jesus fez em nosso lugar.

A boa nova do Evangelho é esta: hoje, após o sacrifício redentor operado por Jesus na Sua crucificação, todos aqueles que se arrependem dos seus pecados e crêem na morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo podem viver eternamente com Deus, escapando assim à punição devida pelos pecados que cometeram.

E tudo acontece pela graça de Deus e mediante a nossa fé salvífica nos méritos do sacrifício de Jesus para a nossa salvação, como diz o apóstolo Paulo: “Porquanto, pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem por intermédio das obras, a fim de que ninguém venha a se orgulhar por esse motivo” (Efésios 2:8-9).

AS SETE ÚLTIMAS DECLARAÇÕES DE JESUS NA CRUZ (5)


TEXTO BÍBLICO:

 “Tenho sede” (João 19:28)

REFLEXÃO:
Durante as horas de angústia espiritual, o Senhor Jesus foi em grande parte alheio às suas carências físicas; agora, porém, com o longo tempo que passou, estas começaram a manifestar-se cada vez mais.

A inflamação resultante das mãos e dos pés cravados na cruz resultou num estado febril causador de grande sede. O Senhor tinha recusado a bebida entorpecente oferecida no início da crucificação porque não queria minimizar em nada a angústia que estava no Seu caminho. Era preciso beber conscientemente e até à última gota o cálice amargo que Deus colocou em seus lábios.

Ao olhar através da longa lista de profecias que se cumpriram na Sua crucificação, o Senhor Jesus podia ver que todas tinham sido cumpridas, excepto uma. E, para que essa Escritura se cumprisse, o Senhor bradou: "Tenho sede". Foi então que alguém se apercebeu de como os Seus lábios estavam tão pálidos e ressecados e, talvez tocado de compaixão, elevou uma esponja embebida em vinagre, tocando com ela os lábios de Jesus e cumprindo, assim, involuntariamente, o que dizia a antiga profecia bíblica: "...deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre" (Salmo 69: 1).



AS SETE ÚLTIMAS DECLARAÇÕES DE JESUS NA CRUZ (4)


TEXTO BÍBLICO:

 “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46)

REFLEXÃO:
Jesus não estava questionando o Pai Deus, mas sim exclamando a primeira frase do salmo 22; uma profunda expressão da angústia que sentia ao carregar os pecados do mundo e que causava a Sua separação do Pai Deus.

Era essa a experiência que Jesus mais temia, quando orou no jardim do Getsémani: “Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mateus 26:39).  

A agonia física de Jesus era terrível, mas pior foi o período de separação espiritual entre Jesus e o Pai. O Senhor experimentou um sofrimento incomensurável, para que nós não tivéssemos de experimentar o sofrimento da eterna separação de Deus.  

Nesse momento, Cristo estava experimentando o abandono e o desespero que resultou do derramamento da ira divina sobre ele como aquele que levava sobre Si os pecados de todos nós.

O grito de angústia do Senhor reflecte o extremo amargor do cálice da ira que Lhe foi dado para que pudessem ser expiadas perante Deus todas as nossas iniquidades. Esse foi o alto preço do pecado que Jesus carregou sobre Si e Ele o pagou plenamente.